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Advocacia mais Humana

O processo é ruim, desgastante, moroso, estressante sob todos os aspectos. Todo mundo já ouviu algo parecido, ou já sentiu “na pele”. Algumas vezes ele é necessário, como um remédio amargo que precisamos tomar para alcançar a cura, ou simplesmente para melhorar a dor. Essa criteriosa análise do que realmente precisamos para proteger um direito é fundamental para não usarmos o remédio errado e, pior ainda, não adotarmos um tratamento longo e desnecessário.


Faço essa comparação, especialmente nos casos de família, porque ultimamente tenho ouvido frequentemente nas sessões de julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo frases do tipo: “O processo pode fazer bem a muita gente, menos para as partes”; “O processo poderia ser evitado”; “Algumas pessoas escolhem o processo e esquecem a própria vida” ou “O processo não pode ser a razão de viver para ninguém”.


Pessoalmente, concordo com todas essas frases, mas é triste, muito triste mesmo, ouvi-las em julgamentos que não encerram a demanda e que acontecem mais de uma década após o início da ação.Será que o autor poderia imaginar um processo tão longo? Será que ele tinha consciência que o desentendimento na família poderia se agravar ou perdurar por mais de uma geração?


As soluções alternativas dos conflitos, especialmente a MEDIAÇÃO, precisam ser divulgadas e utilizadas sempre que possível, seja pela visão mais humana da advocacia, seja pela atual postura do Poder Judiciário, que vem realizando mutirões de conciliação em diversas áreas, eliminando expressivo número de processos. Essa também é a nossa visão para uma advocacia mais ágil, mais humana e efetiva, construída pelas partes.

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